sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Aposta na Soja

Foto Reprodução

Consumo regular dos grãos e seus derivados reduz nível de colesterol e alivia sintomas do climatério.

Por Yuri Vasconcelos

A soja está em alta. Depois que a FDA, agência americana que controla o setor de alimentos e remédios, divulgou a notícia de que o consumo diário de 25 gramas de proteína de soja - equivalente a meia xícara do grão - ajuda a prevenir doenças coronarianas, o alimento ganhou a atenção dos consultórios médicos. "O alto teor de proteína e de isoflavona, substância similar ao hormônio feminino (estrogênio), traz muitas vantagens à saúde", afirma o médico Mário Maranhão, presidente da Federação Mundial de Cardiologia.

O coração é, comprovadamente, o maior beneficiado pelo consumo de soja. Mas ele não é o único órgão favorecido. Especialistas dizem que produtos à base de soja, como a proteína texturizada que imita carne, o shoyu, o tofu, o missô e as pílulas de lecitina compradas em farmácias, reduzem o risco de câncer de mama e de próstata, aliviam os sintomas do climatério, como ondas de calor e suores noturnos, ajudam a controlar o diabetes, a osteoporose e a aterosclerose. A paranaense Marli Olcha, de 52 anos, beneficiou-se da descoberta. Há um ano, sua taxa de colesterol era de 300 miligramas por decilitro de sangue - bem acima dos 200 miligramas, o normal para alguém de sua idade. "Passei a comer soja e hoje a taxa caiu mais de 30%", diz. Ela bebe 4 litros de leite à base do produto por semana e não dispensa uma salada do grão cozido no almoço. A medida é aprovada pela coordenadora do NutriSoja, programa da Prefeitura de Curitiba de incentivo ao consumo, Marise Faingenblun. "A soja deve ser incorporada ao hábito alimentar do brasileiro", recomenda.

Os médicos só pedem cautela com o consumo isolado de cápsulas de isoflavona, usadas no tratamento de reposição hormonal por mulheres na menopausa. Existe a possibilidade, ainda em estudo, de que as cápsulas causem câncer de mama. "Embora não existam pesquisas que mostrem a relação direta entre as cápsulas e o aumento da incidência de câncer, sugiro atenção no consumo dos suplementos", diz Mário Maranhão. Por enquanto, o produto só é vendido nos Estados Unidos. O ginecologista Mauro Abi Haidar, chefe da Clínica de Ginecologia Endócrina e Climatério da Universidade Federal de São Paulo, está iniciando o primeiro estudo com brasileiras sobre os efeitos da isoflavona. "Em dois meses deveremos ter os primeiros resultados", afirma o especialista.

Alimento recomendado

O que a medicina já sabe sobre os benefícios da soja

Coração: a ingestão de 25 gramas por dia de proteína de soja reduz o LDL, o colesterol mau, em torno de 33%

Prevenção do câncer: o consumo diário de soja e seus derivados diminui a incidência de câncer de mama e de próstata em até 50%

Menopausa: a soja atenua os desconfortos do climatério, como suores noturnos e ondas de calor

Osteoporose: o fitoestrogênio genisteína ajuda a fixar o cálcio e fortalece a estrutura óssea

Diabetes: as fibras do grão agem como reguladores do nível de glicose

Aterosclerose: o hormônio vegetal isoflavona torna as artérias mais flexíveis e reduz o índice da doença


Fonte: Revista Época

terça-feira, 17 de maio de 2011

Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono na Bahia: agenda para 2011 será definida ainda em maio

Já tem data a próxima reunião do grupo gestor do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), do Ministério da Agricultura, no estado da Bahia: dia 26 de maio. No encontro haverá um seminário para debater a questão em seu aspecto regional e analisar a melhor forma de aplicação do ABC na Bahia, levando-se em conta as especificidades de seus biomas. Uma agenda de eventos de sensibilização para o Programa e seus benefícios também deverá ser criada. Uma das reflexões que circunda a discussão do tema no Estado é a inserção do sistema conservacionista do cacau como cultura a ser beneficiada pelo Programa do Ministério. O Secretário Financeiro do Instituto Cabruca – entidade que compõe o grupo gestor do Programa ABC no Estado – Thiago Guedes, lembra que a Bahia é o maior produtor de cacau do Brasil, respondendo por 70% da produção total do País, sendo que deste total, 90 % é produzido na forma de sistemas agroflorestais, modalidade contemplada pelo Programa.

De acordo com informações da Câmara Setorial do Cacau, a Bahia tem 32 mil produtores do fruto, que produziram, em 2010, 160 mil toneladas. “Apesar de ser nativo da Amazônia, foi com a sombra das árvores da Mata Atlântica, na Bahia, que ele prosperou e se desenvolveu. Dos 11 estados contemplados inicialmente pelo Programa ABC, a Bahia é o único a trabalhar com o cultivo conservacionista do cacau”, diz o Presidente da Câmara Setorial, Durval Libânio.

Questionado sobre as vantagens do sistema agroflorestal Cacau-Cabruca, Libânio reforça as vantagens da prática: “ela é conservacionista por manter as árvores nativas centenárias da Mata Atlântica, contribuindo para a conservação da água e do solo, para a biodiversidade, para o seqüestro de carbono e para a conservação de importantes espécies do bioma, além de trazer outras fontes de renda para o produtor, como o manejo de madeira morta, por exemplo”, explica.

O Programa ABC

O ABC tem como missão reverter o modelo predominante de exploração agrícola de altas emissões de gás carbônico no País e recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, expandir o plantio direto (que não revolve o solo) dos atuais 25 milhões para 33 milhões de hectares, além de disponibilizar uma linha de crédito para florestas comerciais de eucalipto e pinus. Na prática, a Programa tem como proposta promover o desenvolvimento sustentável das áreas de produção como lavoura, pecuária, floresta, a recuperação de áreas degradadas, o uso de plantio direto, o plantio de florestas e a fixação biológica de nitrogênio.

sábado, 16 de abril de 2011

Câmara Setorial defende, em Salvador, inserção do cacau em programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

Aproveitando a estruturação do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) do Ministério da Agricultura no estado da Bahia, o Presidente da Câmara Setorial do Cacau e Secretário Executivo do Instituto Cabruca, Durval Libânio, defendeu a inclusão do sistema produtivo Cacau-Cabruca entre as lavouras a serem apoiadas. “Dos 11 estados contemplados inicialmente pelo Programa ABC, a Bahia é o único a trabalhar com o cultivo conservacionista do cacau que, apesar de ter sido enquadrado na linha de financiamento do FNE Verde do Banco do Nordeste, não está ainda contemplado pelo Programa do Ministério”, explica Durval Libânio.

Na reunião, Libânio fez a apresentação do sistema agroflorestal, considerado exemplo em cultivo conservacionista. Ele ressalta que o sistema contribui para a conservação da água e do solo, para a biodiversidade, para o seqüestro de carbono e para a conservação de importantes espécies da Mata Atlântica, além de trazer outras fontes de renda para o produtor, como o manejo de madeira morta, por exemplo.

Além de produtor, Durval Libânio é ligado a causa ambiental, sendo a primeira vez que alguém com este perfil preside uma Câmara Setorial do Agronegócio, geralmente liderada apenas por produtores tradicionais. A mudança sinaliza uma quebra de paradigma e representa a sinalização do setor em busca do Desenvolvimento Sustentável e da consolidação ainda maior da cacauicultura como lavoura conservacionista. Apesar de ser nativo da Amazônia, foi com a sombra das árvores da Mata Atlântica na Bahia, que ele prosperou e se desenvolveu. De acordo com informações da Câmara Setorial do Cacau, o Estado tem 32 mil produtores, responsáveis por 70% da produção de cacau do País. Em 2010, a produção baiana foi de 160 mil toneladas, enquanto o Brasil produziu 200 mil toneladas desta amêndoa.


Programa ABC

O ABC tem como missão reverter o modelo predominante de exploração agrícola de altas emissões de gás carbônico e recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, expandir o plantio direto (que não revolve o solo) dos atuais 25 milhões para 33 milhões de hectares, além de disponibilizar uma linha de crédito para florestas comerciais de eucalipto e pinus. Na prática, a Programa tem como proposta promover o desenvolvimento sustentável das áreas de produção como lavoura, pecuária, floresta, a recuperação de áreas degradadas, o uso de plantio direto, o plantio de florestas e a fixação biológica de nitrogênio.

Brasil começa a provar ao mundo o valor de seu café

País tem superado o estigma de fornecedor de 'café genérico' para firmar uma imagem de produtor de qualidade no mercado internacional.

Quando um americano pensa num bom café, possivelmente a primeira origem que lhe vem à mente é a Colômbia. Desde a década de 80, o país vizinho investe em ações de ‘marketing’ da bebida com foco no consumidor, o que ajudou a construir uma fama de produtor refinado. Já o Brasil, de longe o maior produtor e exportador da commodity (veja o mapa do café no mundo), não goza do mesmo prestígio. A principal explicação para o descompasso é que, por décadas, o país esteve mais preocupado em ganhar volume nos negócios com o mercado internacional – e não se importava tanto em ser visto como exportador de um café mediano. Mas isso tem mudado graças a articulação de produtores, investimento em tecnologia e, é claro, marketing. Em janeiro, a Bolsa de Nova York começou a negociar o café brasileiro tipo arábica lavado. É o início do reconhecimento de vinte anos de trabalho. “A aceitação deste tipo de café na bolsa de Nova York é uma prova de que a qualidade do produto brasileiro está sendo reconhecida. Os padrões da bolsa são para produções pequenas, de colheita manual. É o mesmo padrão do colombiano”, explica Eduardo Heron, consultor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O caminho para a consagração global, no entanto, é longo. O trabalho é contínuo e seus frutos, visíveis apenas no longo prazo. Mas o investimento em qualidade e beneficiamento do produto, além da promoção comercial propriamente dita, vale a pena. Assumir uma posição ‘mais nobre’ neste mercado significa ter maior poder de barganha para negociar preços no mercado internacional.

Das mais de 30 milhões de sacas de grão exportadas pelo país anualmente, apenas 3,9 milhões de sacas são de cafés finos. Considerando uma produção anual de 47 milhões de sacas, esse número poderia ser bem maior. A diferença de preço entre a saca de um café normal e um especial, ou fino, pode chegar até a 200 reais. E o valor não depende apenas do processo de produção, mas também de como se trabalha a imagem do que é vendido.

Diferentemente da Colômbia, o Brasil ainda não usou todo o poder do marketing para se firmar como um produtor de qualidade. Por outro lado, garantem os especialistas, já fez um belo trabalho no que diz respeito a melhoramento genético; adaptação das variedades de planta às diferentes características de solo, insolação e regime de chuvas; entre outras medidas. Soma-se isso à presença histórica da atividade na economia para se ter um quadro multifacetado: variedade de produto, desde os mais ‘básicos’ até os mais sofisticados; onze regiões produtoras, inúmeros microrregiões, etc. “Temos muitos tipos de café e toda essa diversidade dificulta um posicionamento único”, explica Maria Fernanda Brando, da consultoria especializada em café P&A Marketing.

Até poucos anos atrás, as ferramentas de divulgação do produto brasileiro no exterior eram fragmentadas, com algumas fazendas e regiões mais organizadas que outras. Para mudar esse quadro, representantes das principais regiões cafeeiras juntaram-se na Associação Brasileira das Origens Produtoras de Café. O novo órgão tem a função de promover internacionalmente todas as áreas produtoras sob o slogan “Um país, Várias origens”. “Até hoje os americanos acham que o café brasileiro é produzido em Santos porque a maior parte da produção exportada é embarcada no Porto de Santos, com o carimbo de lá. Não se divulgam as origens”, reclama o produtor José Augusto Rizental, que lidera a associação recém-criada. O objetivo é fazer com que os grandes compradores mundiais diferenciem cada café e saibam que podem encontrar no Brasil todos os tipos necessários para constituir seus blends (misturas que buscam harmonizar características dos diferentes grãos, como acidez e doçura).

Mesmo sem um plano unificado para vender o produto no exterior, o Brasil tem registrado conquistas importantes nos últimos anos. A partir da década de 90, alguns produtores conseguiram aumentar a qualidade do café por meio da modernização dos negócios, investimento em pesquisa, renovação das áreas plantadas, corte de custos e aumento da produtividade. Como resultado, o mercado de café especial no país expande-se a um ritmo de 15% ao ano no país, enquanto o normal cresce 2%, segundo a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) – associação focada em café finos, com 36 produtores certificados, a sua maioria do Cerrado Mineiro. “É um momento de transição na imagem do café brasileiro”, afirma Eduardo Heron, da Cecafé. A boa notícia é que o país parece estar firme no caminho.

Fonte/Autor: Veja

Imagem: Beatriz Ferrari


domingo, 3 de abril de 2011

Uso da madeira pode beneficiar as florestas


Em um primeiro momento, a ideia pode parecer controversa, mas segundo especialistas - reunidos no evento de lançamento do livro “Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumo” -, incentivar o uso da madeira proveniente de manejo sustentável pode ser o segredo para garantir a preservação das nossas florestas.

O discurso de que não devemos, em hipótese alguma,
derrubar árvores está tão presente no nosso dia a dia que grande parte da população vê o setor madeireiro como um ramo criminoso, que ganha dinheiro às custas da destruição das florestas. Mas não é bem assim: a utilização da madeira proveniente de manejo sustentável não ameaça a biodiversidade e, mais do que isso, pode ser fundamental para garantir a preservação das nossas matas.

Pelo menos é o que garantem os especialistas reunidos em São Paulo, ontem, 29/03, para o lançamento do livro Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumo, produzido pela RAA - Rede Amigos da Amazônia, do GVces - Centro de Estudos em Sustentabilidade e do GVceapg - Centro de Estudos em Administração Pública e Governo, ambos da FGV.

"Há mitos na sociedade de que as florestas devem ser intocáveis e de que o uso da madeira é uma atividade criminosa, quando, na verdade, o que acontece é exatamente o contrário: atribuir valor econômico às florestas - e, consequentemente, incentivar a produção sustentável de madeira - pode ser a única ferramenta eficaz, hoje, para protegê-las", disse Estevão Braga, engenheiro ambiental e técnico do WWF-Brasil. Ele ainda lembrou que há outras atividades econômicas que podem ser realizadas de forma sustentável nas florestas, garantindo sua preservação e, também, a prosperidade econômica da região onde está situada, como, por exemplo, a extração de castanha-do-pará, borracha e bambu, no caso da floresta Amazônica.

A MADEIRA NÃO PRECISA DE SUBSTITUTA


Segundo Braga, a falta de informação faz com que muitos passem a buscar alternativas para o uso da madeira e acabem por optar por materiais que, muitas vezes, são mais insustentáveis. "É o caso do aço ou do alumínio, por exemplo, que gasta 750 vezes mais energia do que a madeira para ser produzido e, ainda, é menos duradouro", afirmou.


Para mudar essa realidade, é preciso conscientizar os consumidores sobre os benefícios da utilização da madeira proveniente de manejo sustentável. Mas, na opinião do
Capitão Marcos Diniz, da Polícia Ambiental de São Paulo, esse processo de educação ambiental não deve acontecer imediatamente. "Atualmente, 33% da produção madeireira amazônica é ilegal e, segundo o Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, apenas 5% das atividades de manejo sustentável do país são 100% regulares. Ou seja, o modelo de produção madeireira ainda é extremamente predatório e dizer, agora, à sociedade que o consumo de madeira legal é benéfico pode ser extremamente perigoso. Muitos passarão a utilizar mais madeira, mas sem se certificar de que, realmente, estão usando um recurso legal. Principalmente, porque a madeira ilegal é mais barata", pontuou o Cap. Diniz.

Para ele, primeiro é necessário combater o comércio de madeira ilegal no país para, depois, estimular esse mercado. "Ou seja, a ação imediata deve ser a
fiscalização do produtor e, também, do consumidor. A Polícia Militar de São Paulo realiza esse trabalho de fiscalização distante, junto ao comprador, e pode atestar sua eficiência. Afinal, na economia, a demanda gera a oferta. Se os atuais consumidores deixarem de se interessar pela madeira ilegal, ela será exterminada da cadeia brasileira", destacou.

O PAPEL FUNDAMENTAL DO GOVERNO


Além de ser responsável por fiscalizar a
cadeia madeireira e criar políticas de incentivo ao comércio legal do recurso, o governo também é um dos principais compradores de madeira do país, o que reforça sua importância na luta pelo fim das atividades criminosas no setor. "Os governos subnacionais são responsáveis pelo consumo de cerca de um terço de toda a madeira que é produzida no país, por conta das obras públicas. Logo, detêm o poder enquanto reguladores e, também, compradores", afirmou Mário Aquino, coordenador do GVceapg.

Carlos Resende, secretário-adjunto de Florestas do Acre, , concorda: "Os grandes compradores são o melhor mecanismo de valorização das nossas matas. Afinal, ninguém desmata porque não simpatiza com a floresta, mas sim porque quer dinheiro. Se o consumidor passar a exigir madeira de origem legal, quem não se adaptar a essa realidade vai sumir do mapa". O político ainda disse que, no Acre, cerca de 96% da produção madeireira já é de manejo florestal, mas infelizmente esta não é a realidade da maioria dos Estados da Amazônia, o que faz com que o problema da produção ilegal de madeira seja gravíssimo. "Até porque, nos últimos 100 anos, cerca de 40% das florestas do mundo já deixaram de existir. Estamos correndo contra o tempo", lembrou Resende.


O livro Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumoestá disponível para download, na íntegra, no site da
RAA.

Fonte/Autor:
Débora Spitzcovsky - Edição: Mônica Nunes/ Planeta Sustentável
Foto Reprodução

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Agropecuária baiana terá planejamento estratégico para os próximos 20 anos

A Bahia tem uma matriz produtiva muito grande. Aqui produzimos praticamente tudo", afirmou o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, ao abrir na manhã de ontem, em Ilhéus, o seminário de trabalho que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) realiza até amanhã.

O secretário destacou o trabalho realizado pelos técnicos da instituição, que faz parte da estrutura da secretaria, e disse que "nossa meta é organizar, até o final deste ano, um planejamento estratégico para a agropecuária baiana para os próximos 20 anos".

Ele explicou que "não podemos ficar apagando incêndios e resolvendo questões pontuais. Devemos e vamos fazer um planejamento estratégico para o setor, criando condições para o desenvolvimento da agropecuária da Bahia".

Salles declarou que este planejamento deve focalizar questões como logística, armazenamento, comercialização, verticalização das cadeias, estradas, defesa animal e vegetal, capacitação, assistência técnica e crédito assistido.

Câmaras setoriais - O secretário detalhou que o planejamento deve ser elaborado através de câmaras setoriais, a exemplo das já organizadas câmaras do cacau, do leite, da carne e das fibras naturais.

Segundo ele, 20 cadeias produtivas já foram eleitas como prioritárias. "Cada cadeia terá a missão de, até outubro deste ano, apresentar o planejamento, detalhando os planos de trabalho para as próximas duas décadas", observou.

Citou como exemplo a produção de seringa (látex), informando que hoje a Bahia produz apenas 30% do que precisa para atender à demanda representada por cinco empresas de pneumáticos instaladas no estado.

"Para eliminar esse gargalo, estamos organizando o setor para ampliar a área plantada para 100 mil hectares nos próximos 20 anos", destacou.

Extinção da zona-tampão contra aftosa é meta em 2010


Salles elogiou a direção e a equipe técnica da Adab, ressaltando o recorde de 97% de vacinação contra a febre aftosa, obtido no ano passado. "Nosso desafio agora é superar esta marca e obter o status de estado livre da doença sem vacinação", observou.

Ele lembrou que uma das metas para este ano é, até novembro, extinguir a zona-tampão localizada nas regiões norte e oeste da Bahia, e destacou o acordo técnico celebrado com o governo do Piauí e com o Ministério da Agricultura com esta finalidade.

A reunião de trabalho que a Adab está realizando tem o objetivo de avaliar as ações feitas em 2009 e traçar as diretrizes para a defesa agropecuária do estado este ano.

Participaram da abertura, além do secretário, o diretor-geral da Adab, Cássio Peixoto, os diretores de Defesa Vegetal e Animal, Armando Sá e Rui Leal, o diretor de Inspeção, Paulo Emílio Torres, o diretor administrativo Adolfo Cavalcante, o coordenador regional de Itabuna, João Carlos Oliveira, e o coordenador regional de Feira de Santana, Aurino Soares, representando todas as coordenadorias da agência.

A Ceplac esteve representada pelo agrônomo Mário Carvalho. O encontro tem a participação de assessores coordenadores de programas, coordenadores regionais, gerentes e técnicos.


Fonte: Seagri - BA

Crédito assistido é tema de encontro

Foto: Reprodução

Otimizar os recursos disponibilizados pelo Banco do Nordeste para a agricultura familiar no estado - Projeto Crédito Assistido -, a Secretaria da Agricultura (Seagri), por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA) realizou ontem (13) uma reunião para traçar diretrizes e detalhar as metas das vinte principais cadeias produtivas da Bahia, como também indicar as ações a serem desenvolvidas até o final do ano.

Os agricultores familiares que atuam dentro da apicultura, avicultura, bovinocultura de leite e de corte, assim como a caprinovicultura terão disponibilizado, ao todo, R$ 188,07 mil para financiar sua produção. Para cacau, dendê, palmito e seringueira foram disponibilizados R$ 92,73 mil. Para grãos, café e mamona, a quantia foi estipulada em R$ 94,66 mil. Sisal e algodão tiveram R$ 65,67 mil, enquanto a fruticultura, mandioca, cana, flores e citricultura ficaram com recursos da ordem de R$ 158,82 mil.

Segundo o secretário Estadual da Agricultura, Eduardo Salles, até dezembro, o Banco do Nordeste disponibilizará cerca de 600 mil reais para a agricultura familiar da Bahia, e o agricultor que adquiriu o crédito, junto à instituição financeira, terá acompanhamento técnico para melhor utilizar esse recurso. “Dentro desta vertente, estamos disponibilizando nossos profissionais para acompanhar, direcionar e orientar os agricultores familiares através de reuniões, palestras, dias de campo, visitas técnicas, seminários, além de outras ações”, garantiu o secretário.

De acordo com o coordenador do programa, Hermínio Maia Rocha, os técnicos já estão capacitados para orientarem os agricultores familiares a utilizar seus recursos nas melhores tecnologias do mercado, “o que certamente trará retorno, em pequeno ou médio prazo, propiciando-lhes qualidade de vida para a sua família”, disse.

Fonte: Assimp